quinta-feira, 12 de março de 2020

RESENHA CRÍTICA: O QUE ACHAMOS DE VINGADORES – ULTIMATO. SEM SPOILERS!



Quando a história se inicia, no entanto, os heróis sobreviventes de Guerra Infinita não parecem dispostos a encarar a missão. Tony Stark (Robert Downey Jr.) se encasula em uma barraca no campo, Viúva Negra (Scarlett Johansson) está encarando problemas pelo Espaço enquanto come sanduíches de manteiga de amendoim fajutos, Thor (Chris Hemsworth) passa seus dias bebendo cerveja e tendo ataques de pânico em um roupão.
Até a Capitã Marvel (Brie Larson) tem outras galáxias para se preocupar. Mas o Homem Formiga (Paul Rudd) tem o segredo que pode ajudar os Vingadores avoltarem no tempo e coletar as Joias do Infinito que provocaram o terrível estalar de dedos de Guerra Infinita.
Isso significa mais uma chance para ver o Capitão América (Chris Evans) e o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) mostrar os poderes com o escudo e o arco e flecha. Também é uma chance de ver Hulk (Mark Ruffalo), que aprendeu a dominar seu super poder, finalmente combinando a força do Hulk com o cérebro Banner.
Thanos, ainda é um formidável anti-herói, com sua bravata ameaçadora – “Eu sou inevitável”, ele fala mais de uma vez – e seu queixo furado, como uma grande baleia de veludo. Ah, e os diretores Joe e Anthony Russo, veteranos do MCU, dessa vez se superaram, filmando com maestria cada cena, e dando valor e relevância a cada herói que surge na tela. Os diálogos são divertidos e bem escritos, e a narrativa tem um ritmo equilibrado que quase nos faz esquecer que estamos há 3 horas sentados em uma sala de cinema.
Com nada mais, nada menos que o destino do mundo em ameaça, Ultimato tem uma urgência esperada, mas também, uma inevitável melancolia – não por tudo que foi perdido, mas por tudo que não vai voltar. Depois de 11 anos, 22 filmes, e incontáveis pós créditos fazendo referência a Easter Eggs, Vingadores – Ultimato encerra 10 anos de filmes do MCU com maestria.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Consumo x consumismo

Qual é a diferença entre Consumo e Consumismo?
No consumo, o ato de comprar está diretamente relacionado à necessidade ou à sobrevivência. Já quando se trata de consumismo, essa relação está rompida, ou seja, a pessoa não precisa daquilo que está adquirindo. O consumismo está vinculado ao gasto em produtos sem utilidade imediata, supérfluos. Esse hábito vem sendo discutido por muitos autores em suas origens e dimensões. Alguns estudiosos apontam a importância da publicidade na construção da obsessão pelo ato de comprar. Outros autores destacam a vinculação histórica da possibilidade de compra à vida boa, riqueza, saúde. Isso quer dizer que ao longo dos anos, pessoas que tinham maior poder de compra eram consideradas melhores que pessoas com menor poder de compra.
Consumismo é doença?
Quando o ato de comprar está vinculado diretamente à ansiedade e à satisfação, podemos dizer que se trata de uma compulsão. Em alguns casos, isso pode representar grandes perdas em termos de relacionamento interpessoal e qualidade de vida. Para que seja considerado doentio, o consumismo precisa representar uma parcela significativa da vida e dos pensamentos da pessoa, de forma que sua saúde emocional, psicológica ou mesmo social e financeira estejam abaladas. Nesses casos, a cisão entre necessidade e motivação da compra é completa, ou seja, a pessoa definitivamente não precisa e, muitas vezes, nem se dá conta do que está comprando.
Quais são as origens dessa tendência consumista?
A origem da tendência de compulsão pelo ato de comprar tem suas origens na história da humanidade. Após os eventos da Revolução Industrial, os processos de produção e circulação de bens foram agilizados. Com o avanço da produção, houve um grande distanciamento das pessoas e do conhecimento em relação aos meios de produção. Para entender como isso se deu, basta pensar o quanto você conhece, por exemplo, dos processos de produção das coisas que você compra. Você sabe como são fabricados os produtos de higiene, alimentação, itens de decoração e outros? Conhece as formas de distribuição, importação e exportação? É justamente esse desconhecimento que historicamente foi denominado alienação. A alienação é a principal dimensão do consumismo, está na base da compra desvinculada da necessidade e do desconhecimento em relação ao valor de compra e de uso.
Ainda discutindo a história da tendência consumista, podemos destacar a vinculação da possibilidade de comprar ao poder, já que, por muitos anos, o consumo era privilégio de classes mais ricas. Com o desenvolvimento econômico, da produção e da publicidade, as distâncias foram sendo diminuídas. O que se pode perceber na atualidade é um nivelamento de desejos: crianças pobres e ricas querem os mesmos brinquedos, adultos de classes sociais distintas têm as mesmas vontades, reforçadas pelos modelos e padrões de vida apresentados pela mídia, como os gostos e hábitos de celebridades.
A criação e valorização social de padrões de comportamento é outra dimensão importante do consumismo. Para atingir o padrão de sucesso e boa vida, inúmeras pessoas investem seus esforços para adquirir bens que não necessitam.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

SOMA E SUBTRAÇÃO DE FRAÇÕES COM DENOMINADORES DIFERENTES

Agora é a hora de testar o que você aprendeu em sala! Obaaa!!! 
Não esqueça de fazer o m.m.c para frações com o mesmo denominador.


quinta-feira, 4 de julho de 2019

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

INTOLERÂNCIA NAS ESCOLAS

            A questão é de grande relevância, dado o contexto de intolerância religiosa presente nas escolas públicas, afetando o bem-estar e a aprendizagem dos estudantes. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015, publicada em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 4,2% dos estudantes de 13 a 17 anos que disseram ter sido vítimas de humilhação na escola apontaram sua religião como motivo - é a quarta principal razão de provocações feitas pelos colegas, atrás apenas da aparência do corpo, da aparência do rosto e da cor/raça, e à frente de orientação sexual e região de origem.
         A pesquisa do IBGE não aponta quais religiões são mais alvo de preconceito entre os estudantes.  É frequente, porém, a discriminação contra religiões afro-brasileiras, como aponta o Informe Preliminar Missão Educação e Racismo no Brasil (2010) - Eixo: Intolerância Religiosa na Educação, da Relatoria do Direito Humano à Educação – uma iniciativa da Plataforma DHESCA (Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais), que articula 34 organizações e redes nacionais de direitos humanos.
Muitas vezes associada ao racismo, a discriminação se manifesta de diferentes formas. Inclui desde coação para fazer orações cristãs e retirar adereços relacionados às religiões afro-brasileiras até agressões verbais e físicas contra estudantes (com xingamentos, socos, pontapés e mesmo apedrejamento). Também há registros de demissão ou afastamento de professores adeptos de religiões afro-brasileiras ou que abordaram conteúdos dessas religiões em classe, proibição de uso de livros que tratam do tema e omissão diante de atos discriminatórios ou abusivos por parte de educadores e diretores, entre outras ações denunciadas à Relatoria e/ou divulgadas pela imprensa.
      Também é recorrente a discriminação contra adeptos de religiões protestantes, em especial as pentecostais e neopentecostais, como aponta a socióloga Miriam Abramovay na publicação Programa de Prevenção à Violência nas Escolas, e, mais recentemente, contra adeptos da religião muçulmana, que tem sido associada a atos terroristas realizados por extremistas islâmicos em diversas partes do mundo.
Agora é com você...
Produza um texto na disciplina de História com introdução, desenvolvimento e conclusão falando sobre como devemos agir em relação às religiões alheias, ou seja, das outras pessoas.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

O pequeno herói da Holanda

O PEQUENO HERÓI DA HOLANDA
A Holanda é um país cuja maior parte do território fica abaixo do nível do mar. Enormes muralhas chamadas diques são o que impede o Mar do Norte de invadir a terra, inundando-a completamente. Há séculos o povo se esforça para manter as muralhas resistentes, a fim de que o país continue seco e em segurança. Até as crianças pequenas sabem que os diques precisam ser vigiados constantemente e que um buraco do tamanho de um dedo pode ser algo extremamente perigoso.
          Há muitos anos, vivia na Holanda um menino chamado Peter. Seu pai era uma das pessoas responsáveis pelas comportas dos diques. Sua função era abri-las e fechá-las para que os navios pudessem sair dos canais em direção ao mar aberto.
          Numa tarde do início do outono, quando Peter tinha oito anos, a mãe o chamou enquanto brincava:
          – Venha cá, Peter. Vá levar esses bolinhos do outro lado do dique para o seu amigo cego. Se você andar ligeiro e não parar para brincar, vai chegar em casa antes de escurecer.
O menino gostou da tarefa e partiu feliz da vida. Ficou um bom tempo com o pobre cego, contando-lhe sobre o passeio da vinda e o sol e as flores e os navios lá no mar. De repente, lembrou-se da mãe dizendo para voltar antes de escurecer, despediu-se do amigo e tomou o rumo de casa.
Quando passava pelo canal, percebeu como as chuvas tinham feito subir o nível da água e que elas estavam batendo forte contra o dique, e pensou nas comportas do pai.
“Que bom que elas são tão fortes! Se quebrassem, o que seria de nós? Esses campos lindos ficariam inundados. Meu pai sempre diz que as águas estão ‘zangadas’. Parece que ele acha que elas estão zangadas por ficarem presas tanto tempo.”
O menino parava a toda hora para pegar umas florzinhas azuis que cresciam à beira do caminho, ou para escutar o barulhinho dos coelhos andando pela relva. Mas, com maior frequência sorria ao pensar no pobre cego que tão poucos prazeres tinha e tanto apreciava suas visitas.
           De repente, percebeu que o sol estava se pondo e escurecia rápido. “Minha mãe vai ficar preocupada”, pensou ele, já correndo para chegar logo em casa.
Nesse exato momento, ouviu um barulho. Parecia água respingando! O menino parou e foi procurar de onde vinha. Encontrou um buraquinho no dique por onde estava correndo um fio de água.
Qualquer criança na Holanda morre de medo só de pensar num vazamento dos diques. Peter compreendeu o perigo imediatamente. Se a água passasse por um buraco qualquer, de pequeno ele logo se tornaria grande, e todo o país seria inundado. O menino prontamente percebeu o que deveria fazer. Jogou fora as flores, desceu a encosta lateral do dique e enfiou o dedo no furo.
A água parou de vazar! E Peter ficou pensando com seus botões: “Ahá! As águas zangadas vão ficar presas. Posso contê-las com meu dedo. A Holanda não vai ser inundada enquanto eu estiver aqui.”
Correu tudo bem no início, mas logo escureceu e esfriou. O menino começou a gritar bem alto:
– Socorro! Alguém venha até aqui!
Mas ninguém ouviu; ninguém veio ajudar.
Foi fazendo cada vez mais frio; o braço começou a doer e a ficar dormente. Ele tornou a gritar:
– Será que ninguém vai vir até aqui? Mãe! Mãe!
Mas ela já tinha procurado pelo menino várias vezes desde que o sol se fora, olhando pelo caminho do dique até onde a vista alcançava, e decidiu voltar para a casa e fechar a porta, achando que ele havia decidido passar a noite com o amigo cego, e estava disposta a brigar com ele no dia seguinte de manhã por ter ficado fora de casa sem sua permissão.
Peter tentou assobiar, mas os dentes batiam de frio. Pensou no irmão e na irmã, aconchegados no calor de suas camas, e no pai e na mãe queridos. “Não posso deixá-los afogar. Preciso ficar aqui até que alguém venha, mesmo que passe a noite inteira.”
A lua e as estrelas brilhavam, iluminando o menino recostado numa pedra junto ao dique. A cabeça pendeu para o lado, os olhos se fecharam, mas Peter não adormeceu, pois toda hora esfregava a mão que estava detendo o mar zangado.
“De alguma forma, eu vou aguentar!” pensava ele. E passou a noite inteira ali, contendo as águas.
De manhã, bem cedinho, um homem a caminho do trabalho achou ter ouvido um gemido enquanto passava por cima do dique. Inclinou-se na borda e encontrou o menino agarrado à parede da muralha.
– O que aconteceu? Você está machucado?
– Estou contendo a água do mar! – gritou Peter. – Mande vir socorro logo!
O alerta foi dado imediatamente. Chegaram várias pessoas com pás, e logo o furo estava consertado.
Peter foi levado para casa, ao encontro dos pais, e rapidamente todos ficaram sabendo que ele lhes havia salvo as vidas naquela noite. E até hoje, ninguém se esquece do corajoso pequeno herói da Holanda.

BENNET, William J. (org.). O Livro das Virtudes para Crianças. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. p. 12-18.

RESENHA CRÍTICA: O QUE ACHAMOS DE VINGADORES – ULTIMATO. SEM SPOILERS!

Quando a história se inicia, no entanto, os heróis sobreviventes de  Guerra Infinita  não parecem dispostos a encarar a missão.  Tony S...